O JOGO
O Cruzeiro começou pressionando e buscando logo abrir o placar. O meia Élber foi o principal maestro. Na primeira jogada, ele recebeu passe de Roger, se livrou da marcação e cruzou. A bola passou na frente de Walter, que não conseguiu empurrar para a rede. Logo depois, Élber fez fila pela esquerda e a bola sobrou para Anselmo Ramon. O atacante avançou e chutou firme, mas a bola subiu demais.
Com três volantes, o Coelho carecia de mais criatividade no meio de campo. Rodriguinho ficava muito isolado na marcação e recebia apoio de qualidade apenas de Moisés nessa tarefa. O América precisava do apoio dos laterais para conseguir pressionar a defesa cruzeirense. A Raposa dominava o meio de campo e chegava com mais opções a frente. Entretanto, pecava nas finalizações e não obrigava o goleiro Neneca a trabalhar.
Se com a bola rolando não dava para chegar, o Coelho foi para frente nas bolas paradas. Pará cobrou falta da intermediária para o meio da área. Desmarcado, Gabriel cabeceou, à queima-roupa, para inaugurar o placar, aos 24. Com a vantagem no placar, o ferrolho defensivo americano ficou ainda mais forte. O Cruzeiro tinha a posse de bola e pressionava no campo de ataque, mas não conseguia chegar em condição de finalizar.
ETAPA FINAL
O Coelho voltou com mais ânimo ainda no segundo tempo. Antes do primeiro minuto, Rodriguinho ganhou disputa com Victorino e chutou de canhota no canto de Fábio, que sequer se moveu: 2 a 0. Logo aos quatro, em contra-ataque, o atacante Fábio Júnior recebeu na área, mas foi travado pelo zagueiro Thiago Carvalho antes da finalização. O atacante cobrou a penalidade, mas o goleiro Fábio impediu que o placar se dilatasse.
O Cruzeiro, em grande desvantagem, não viu outro solução a não ser atacar. Mas as ausências de Montillo e Wallyson pesaram e os celestes não conseguiam criar boas chances para marcar. Mesmo optando por um esquema mais defensivo, o América incomodava mais, devido aos espaços para contragolpear – Alessandro chegou a acertar a trave em um lance. Vágner Mancini, insatisfeito com sua equipe, sacou Walter e Marcos, tentando acertar o time com as entradas de Amaral e Fábio Lopes.
Aos 30, o Coelho fez a vitória se tornar goleada. Bruno Meneghel, com muita liberdade, ajeitou o corpo e mandou a bola para área. O atacante Alessandro, sozinho, cabeceou no canto do goleiro Fábio. Na comemoração, o atacante fez sinal de que a semifinal já tinha acabado. Após esse gol, alguns torcedores da Raposa deixaram o estádio em Sete Lagoas, desanimados com o que viram em campo. Então, eles não puderam ver os dois gols celestes: de Bobô, após falha de Neneca, e Roger, já aos 44 minutos da etapa final.
FICHA TÉCNICA
AMÉRICA-MG 3 X 2 CRUZEIRO
Local: Arena do Jacaré, Sete Lagoas (MG)
Data-Hora: 22/4/2012 – 18h30 (de Brasília)
Árbitro: Leandro Pedro Vuaden (RS-Fifa)
Auxiliares: Altemir Hausmann (RS-Fifa) e Dilbert P. Moisés (RJ-Fifa)
Renda e público: 4.587 pagantes / R$ 112.435,00
Cartão amarelo: Rodriguinho e Leandro Ferreira(AME); Thiago Carvalho (CRU)
Cartão vermelho:
GOLS: Gabriel, 24'/1T (1-0); Rodriguinho, 1'/2T (2-0); Alessandro, 30'/2T (3-0); Bobô, 40'/2T (3-1); Roger, 44'/2T (3-2)
AMÉRICA-MG: Neneca, Rodrigo Heffner, Gabriel, Everton e Pará; Dudu, Leandro Ferreira, Moisés (Patric, 43'/2ºT) e Rodriguinho; Alessandro (Kaio, 41'/2T) e Fábio Júnior (Bruno Meneghel, 20'/2ºT). Técnico: Givanildo Oliveira.
CRUZEIRO: Fábio, Marcos (Amaral, 8'/2T), Thiago Carvalho, Victorino e Everton; Leandro Guerreiro, Marcelo Oliveira, Roger e Élber (Bobô, 26'/2T); Walter (Fábio Lopes, 8'/2T) e Anselmo Ramon. Técnico: Vágner Mancini.
