7 de jun. de 2012

Com três gols em seis minutos, Cruzeiro vira sobre o Botafogo no Rio


O Cruzeiro quebrou um jejum que já durava 19 anos ao derrotar o Botafogo por 3 a 2 na noite desta quinta-feira no Engenhão, no encerramento da terceira rodada do Campeonato Brasileiro. O time mineiro chegou a estar perdendo por 2 a 0 até a metade do segundo tempo mas reagiu depois das substituições efetuadas pelo técnico Celso Roth que tirou dois volantes para colocar atacantes enquanto o Botafogo caiu muito de produção e não soube defender a vantagem.

Diante de um público muito pequeno, o Botafogo começou a partida no ataque e Herrera deu o primeiro chute a gol antes de completar o primeiro minuto.Mesmo escalado com quatro volantes, o Cruzeiro tentava dificultar a armação da equipe carioca executando uma marcação forte na intermediária.O gramado encharcado devido às chuvas que estão caindo no Rio de Janeiro impediam que os times desenvolvessem um estilo de jogo mais veloz.
Aos sete minutos, o primeiro momento de emoção. Vítor Júnior arrancou da direita para o meia e bateu cruzado. A bola bateu na rede pelo lado de fora e assustou o goleiro Fábio. O lance animou a equipe carioca e aos nove minutos, Vítor Júnior lançou Herrera que entrou pela esquerda e chutou para grande defesa de Fábio.
O time de General Severiano passou a pressionar, utilizando os laterais Lucas e Márcio Azevedo para apoiar o ataque enquanto o Cruzeiro, com quatro volantes, não conseguia organizar jogadas ofensivas. Aos 17 minutos, o Cruzeiro criou sua primeira jogada ofensiva. Montillo entrou pela direita e cruzou para Wellington Paulista que caiu na área ao tentar passar por Lucas mas o árbitro não marcou o pênalti pedido pelos mineiros.
Aos 19 minutos, Herrera foi lançado na área, tocou de bico e obrigou Fábio a mandar para escanteio. Da cobrança, aos 20 minutos, saiu o primeiro gol do Botafogo. Vítor Júnior cobrou escanteio do lado direito e, na tentativa de desviar, Amaral acabou cabeceando contra as próprias sem dar nenhuma chance de defesa para Fábio.
Aos 24 minutos, o Botafogo perdeu uma chance incrível de ampliar quando Lucas, após tabelar com Vítor Júnior, colocou Herrera em condições de marcar mas o atacante argentino, livre na pequena área, errou na conclusão e mandou a bola para fora.
Só aos 26 minutos é que a equipe mineira desferiu seu primeiro chute a gol mas o chute de Wellington Paulista foi facilmente defendida pelo estreante Milton Raphael. O argentino Montillo não conseguia aparecer na partida porque o sistema de Celso Roth o obrigava a atuar muito avançado, quase sem espaço para realizar as jogadas habituais, principalmente porque recebia marcação cerrada do volante Jadson.
Aos 37 minutos, o Botafogo fez a bola circular pela intermediária até que Lucas cruzou para a entrada do volante Jadson que chutou por cima da trave defendida por Fábio. Aos 43 minutos novamente o goleiro cruzeirense apareceu bem, defendendo um chute do lateral Lucas.
O Cruzeiro voltou para o segundo tempo com o atacante Fabinho, ex-Guarani, no luar do volante Souza. Com a mudança, Montillo passou a atuar mais recuado como costumava fazer em outras temporadas. E aos quatro minutos, Fabinho recebeu bom passe de Montillo e chutou rasteiro para boa defesa de Milton Raphael.
A resposta do alvinegro veio em jogada individual de Maicosuel que se livrou de três adversários e lançou para Herrera que chutou muito mal, desperdiçando a oportunidade.
O Cruzeiro mostrava mais disposição ofensiva e o Botafogo tentava se aproveitar da pressão mineira para sair em velocidade com Maicosuel e Vítor Júnior. Aos 14 minutos, Jadson apareceu no ataque mas sua finalização foi bem defendida por Fábio.
O time dirigido por Celso Roth pressionava e Milton Raphael teve a chance de aparecer aos 18 minutos para mandar para escanteio uma bola levantada pelo lateral Marcelo Oliveira. Aos 20 minutos foi a vez de Tinga receber bom passe de Charles dentro da área mas a conclusões foi muito ruim.
Quando tudo indicava que o Cruzeiro chegaria ao empate, o Botafogo marcou o segundo gol aos 24 minutos. Vítor Júnior lançou Herrera entre os zagueiros. O atacante argentino esperou a saída de Fábio e tocou no canto.
O Cruzeiro partiu para o tudo ou nada e criou três chances seguidas para marcar. Fabinho acertou a trave e Anselmo Ramon obrigou o goleiro Milton Raphael a se empenhar. A insistência do time visitante acabou resultando no primeiro gol aos 28 minutos. Após cruzamento da direita, Mateus tocou na bola e Anselmo Ramon, de cabeça, desviou para as redes.
Um minuto depois, o Cruzeiro empatou. Anselmo Ramon cruzou da direita e Everton mergulhou e meteu a cabeça para empatar a partida. O Botafogo se perturbou completamente o Cruzeiro chegou ao terceiro gol aos 34 minutos. Montillo foi derrubado na área e Wellington cobrou a penalidade com categoria para colocar o time mineiro na frente.
Em desvantagem, o time de General Severiano partiu de forma desesperada para buscar o gol de empate mas o Cruzeiro soube segurar o resultado e voltar a vencer o Botafogo no Rio de Janeiro depois de 19 anos.
Com o resultado, o Alvinegro carioca caiu para a quarta colocação com seis pontos ganhos enquanto a equipe de Minas Gerais subiu para o oitavo lugar com cinco pontos.
FICHA TÉCNICA
BOTAFOGO-RJ 2 x 3 CRUZEIRO-MG
Local: Estádio Olímpico João Havelange, o Engenhão, no Rio de Janeiro (RJ)
Data: 7 de junho de 2012 (Quinta-feira)
Horário: 21 horas (de Brasília)
Árbitro: Fabrício Neves Correa (RS)
Assistentes: Tatiana de Freitas (Fifa-RS) e José Eduardo Calza (RS)
Cartões Amarelos: Fábio Ferreira, Jadson, Milton Raphael (Botafogo); Montillo, Diego Renan, Mateus e Charles (Cruzeiro)
Gols: BOTAFOGO: Amaral (contra) aos 20 minutos do primeiro tempo e Herrera aos 24 minutos do segundo tempo; CRUZEIRO: Anselmo Ramon aos 28, Everton aos 30 e Wellington Paulista aos 34 minutos do segundo tempo
BOTAFOGO: Mílton Raphael; Lucas, Fábio Ferreira, Brinner e Márcio Azevedo; Jadson, Renato, Andrezinho (Elkeson), Vítor Júnior e Maicosuel; Herrera. Técnico: Oswaldo de Oliveira
CRUZEIRO: Fábio; Diego Renan, Léo, Mateus e Marcelo Oliveira (Everton); Amaral, Charles, Tinga (Anselmo Ramon) e Souza (Fabinho); Montillo e Wellington Paulista. Técnico: Celso Roth
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